29 setembro 2010

Documento da Polícia Federal desmente Alfredo Nascimento



Alfredo apresentou um documento da PF, de 2006, informando que Omar Aziz está sendo investigado por envio ilegal de dólares. Relatório do próprio órgão, de 2009, isenta Omar.

Manaus - O candidato ao Governo do Amazonas pelo PR, Alfredo Nascimento, apresentou na terça-feira, após o debate realizado pela Rede Amazônica de Televisão, um documento da Polícia Federal (PF), com data de 2006, informando que o governador Omar Aziz, candidato à reeleição pelo PMN, está sendo investigado por crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Imediatamente, Omar apresentou um relatório também da PF, com data mais recente, de 2009, informando que “esgotadas as diligências não foi possível apontar de forma conclusiva, em princípio, ter sido o investigado ordenante das remessas investigadas”.
Esta pode ser a síntese do que ocorreu nos bastidores, após o debate, que transcorreu de forma morna, onde os candidatos praticamente repetiram o que disseram durante a campanha e nos outros embates na televisão. Só no terceiro bloco Alfredo informou sobe a portaria, dizendo que iria entregar cópias à imprensa documentos que comprovariam que Omar havia transferido dinheiro de forma ilegal para o exterior, dando a entender que fazia uma última tentativa para levar a eleição para um segundo turno.
O documento apresentado por Omar, aos jornalistas, também após o debate, além de informar “que não foi possível” apontar crimes, também cita um Ofício (DECIC/COPED-2007/048) do Banco do Brasil informando não terem sido encontrados registros de manutenção de contas e bens no exterior em nome dele e um memorando (05281/2007), também da PF, informando inexistir nos sistemas de tráfego internacional registro de viagem do investigado para os Estados Unidos em 2002. E, ainda, que o crédito tributário lançado em desfavor do investigado foi extinto por decisão administrativa unânime.
Ministério dos Transportes

Durante o debate, Omar disse que havia R$ 500 milhões sob suspeita de desvio na administração de Alfredo no Ministério dos Transportes. Omar disse que a acusação de Alfredo era mais uma vez para confundir os eleitores com uma ‘pegadinha’. “Sou ficha limpa”, respondeu. Afirmou que o debate era para apresentação de propostas e não para denegrir a imagem dos adversários. “Há dois anos (Quando Alfredo apoiou Omar para a Prefeitura de Manaus) você não disse que eu tinha esses defeitos”, respondeu.
Alfredo disse que a informação de desvios no Ministério dos Transportes não era procedente. “Ele (Omar) falou,mas não provou”, declarou. E acusou Omar de “não ser lá essas coisas” e disse que um governador precisa apresentar uma “vida pregressa” e que o povo precisava saber dos documentos que ia apresentar para “toda a imprensa do Amazonas e do Brasil”.
Na tréplica, Omar chamou as declarações de Alfredo de “armação” e de demonstração de “desespero”. O candidato à reeleição disse que ia respeitar as pessoas ligadas ao adversário e que não iria falar o que sabe, em respeito aos familiares de Alfredo. “A família continua sendo a coisa mais importante”, disse Omar.
O debate teve quatro blocos. No primeiro e no terceiro, os temas foram sorteados. No segundo e no quarto, o tema foi livre. De acordo com a regra, cada um dos três candidatos perguntou e respondeu uma vez por bloco.
Os candidatos puderam fazer perguntas e explicar suas propostas sobre diversos assuntos relacionados ao governo.
Os candidatos Herbert Amazonas (PSTU) e Luiz Sena, do PSOL ainda tentaram, até a última hora, participar do debate, com ações na Justiça Eleitoral, mas não obtiveram êxito. A última decisão, pouco antes do programa na televisão, considerou legais os critérios utilizados pela Rede Amazônica.

Debate

O debate começou às 21h30. Apenas os três candidatos melhor colocados na pesquisa do Ibope, divulgada no último dia 18 de setembro, e com representação no Congresso: Omar Aziz (PMN), Alfredo Nascimento (PR) e Hissa Abrahão (PPS).
Foram quatro blocos. No primeiro e no terceiro, os temas foram sorteados. No segundo e no quarto, o tema foi livre. De acordo com a regra, cada um dos três candidatos perguntou e respondeu uma vez por bloco.
No primeiro bloco, Alfredo começou perguntando a Omar: “Você foi secretário de Segurança Pública e vice-governador por sete anos. Por que você não melhorou a Segurança no Amazonas?”. Omar disse que tem muita experiência na lida com a segurança e que vai criar a ‘ronda nos bairros’ para policiar de forma ostensiva as comunidades de Manaus. Alfredo rebateu dizendo que a experiência de Omar não foi colocada em prática. O senador afirmou que a segurança no Amazonas tem os piores índices do País. O senador prometeu criar a ‘Polícia da família’, nos moldes do ‘Médico da Família’.
Na segunda pergunta, sobre Zona Franca de Manaus (ZFM), Omar questionou qual a proposta de Hissa para levar benefícios da ZFM para o interior do Estado. Hissa disse que vai buscar mais segurança para a prorrogação da Zona Franca e investir na logística. Omar disse que com a eleição de Dilma a Zona Franca vai ser perenizada, gerando mais emprego para os amazonenses.
Hissa encerrou o bloco perguntando para Alfredo sobre os projetos para a saúde pública. Alfredo falou que criou o ‘Médico da Família’, prometeu criar mais dois hospitais na cidade e reativar a Santa Casa. “Uma pessoa não pode ficar esperando três meses para fazer um exame e ser atendido”


Fonte: portal@d24am.com

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