10 janeiro 2011

Matança indiscriminada de botos em comunidade da zona rural de Beruri



A prática não é nova, mas da forma como vem sendo realizada, requer mais atenção dos ambientalistas, pesquisadores e autoridades ambientais a respeito do abate do boto tucuxi (Inia goffrensis), em várias regiões do Amazonas, por comunidades ribeirinhas, para a utilização de sua carne na pesca de uma espécie conhecida popularmente na Amazônia como piracatinga (Calophysus macropterus), ou birosca, mota e simi, em áreas da Colômbia e Peru, onde o peixe é comercializado.

O portal acritica.com teve acesso a imagens que mostram a matança de botos tucuxis, na localidade conhecida como "Boca do Cacau", a cinco minutos do município de Beruri - localizado a 170 quilômetros de Manaus -, ocorrida no último mês de dezembro.

Os animais são mortos tanto com arpão bem como por meio de facadas - num processo chamado pelos ribeirinhos de "sangrar o animal".

Informalidade

No local em que as imagens foram gravadas, não há fiscalização dos órgãos competentes em orientar o ribeirinho para a captura da piracatinga de uma outra maneira, bem como o abate indiscriminado dos botos, o que é proibido por lei.
A utilização da carne do boto para a captura de pescado ocorre em virtude da mesma ter bastante "pitiú" (cheiro peculiar do peixe na salga), odor forte que atrai o peixe de hábitos carnívoros.
A estimativa dos ribeirinhos é a de que um boto adulto, cujo peso varia de 150 a 200 quilos, possa render na pesca de aproximadamente 600 unidades de piracatinga.
Entretanto, como se trata de um mercado negro, os ribeirinhos não contam com apoio de uma cooperativa, e vendem o pescado para um atravessador, que se encarrega de comercializá-lo na área de fronteira.

Fonte: portal acritica.com

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