Campanha percorrerá, pela primeira vez, 25 municípios do interior do Estado, disponibilizando testes e diagnóstico rápidos à população
"Expectativa é que 41 mil testes rápidos sejam realizados durante a campanha
A
Coordenação Estadual de DST-Aids e Hepatites Virais iniciou, ontem, uma
campanha que percorrerá, pela primeira vez no Amazonas, 25 municípios
do interior do Estado disponibilizando testes e diagnóstico rápidos para
hepatite B e C, Aids e sífilis. Os registros de casos da quatro doenças
devem sofrer um “aumento significativo” ao final da campanha, em 30 de
julho, na opinião do chefe do Departamento Clínico da Fundação de
Medicina Tropical, Antônio Magela.
“É
a primeira vez que temos uma campanha desse porte no interior do
Estado. A tecnologia do teste rápido é uma coisa recente também e o que
temos no interior hoje são subnotificações. Pessoas que tem a doença e
não sabem e que, no entanto, contaminam outras pessoas”, declarou o
médico.
A
ação faz parte da “Campanha Estadual de Prevenção às Hepatites Virais”.
Conforme a Coordenação Estadual de DST-Aids, a região amazônica é uma
área endêmica para as hepatites B e C, que levam muitos portadores da
doença à morte. “Todos os dias os consultórios de Manaus atendem pessoas
com hepatite que sequer desconfiam que têm o vírus, mas continuam a
transmitir”, declarou.
Antônio
Magela afirmou que o diagnóstico é importante porque ajuda a tratar o
paciente e a evitar novas infecções. A expectativa é que até o final da
campanha, 41 mil testes rápidos sejam realizados no interior. “Um dos
objetivos é identificar as pessoas doentes sem sintomas e que transitem
as doenças. Mas a campanha também é educativa, tanto que vamos
distribuir material informativo e preservativos masculinos, porque são
doenças sexualmente transmissíveis”.
Magela
destacou a importância de realizar a campanha no interior: “As pessoas
têm dificuldade de acesso a saúde no interior por causa das questões
geográficas do Estado. Outras não tem interesse ou não querem esperar
pelo resultado, que demora muito. A campanha é mais rápida e podemos
quebrar a cadeia de transmissão”.
O
infectologista afirmou que, além de profissionais da medicina, a
campanha também levará ao interior, assistentes sociais preparados para
dar apoio aos pacientes que forem diagnosticados com algumas das
doenças. Magela acredita que a campanha de teste rápido no interior do
Estado deve entrar nos calendários municipal, estadual e federal de
Saúde.
Fonte: Portal Acrítica
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